Wednesday, March 15, 2006

Romeu e Julieta perdem – Parte I


Fui ao cinema no meio da tarde para assistir Orgulho e Preconceito. Almocei cedo e consegui chegar a sessão de 14h50 do Estação Paço. Esse é, junto com o Estação Botafogo 2 (dizem que vai fechar, mas isso já é outra história), a minha sala de cinema favorita. Ambas estão longe de ser modernas ou amplas ou qualquer outro adjetivo que possa ser dito sobre o Odeon e as salas do Arteplex. Depois da sessão, fiquei por um tempo dividida entre um café, uma água com gás e uma adorável torta de nozes. Enquanto escrevia esse post, vale dizer. Poucas coisas me deixam mais feliz do que um fim de tarde como esse.
Mas tinha prometido a mim mesma que falaria sobre o filme. Então, vamos a ele: é a adaptação para o cinema do livro homônimo de Jane Austen, autora inglesa do início do século XIX. Como sei que JA não é um clássico nas aulas de literatura das escolas cariocas (nem de qualquer outro lugar, senão a Inglaterra, eu suponho), resumirei a história. Cinco irmãs são praticamente agenciadas pela mãe, na Inglaterra dos anos 1800, em busca de bons casamentos. As duas irmãs mais velhas, Jane e Elizabeth, conseguem excelentes maridos que também são ricos. Mas é amor sincero em ambos os casos. O terceiro casamento é o de Lydia, a filha caçula que, apesar de não acertar muito, consegue desencalhar. Realmente, não me lembro, e o filme não mostra, o que aconteceu com as outras duas.
Li Orgulho e Preconceito pela primeira vez em 2001, eu acho. Tenho duas versões em casa. Uma dos anos 50 em inglês simplificado, para iniciantes, herança involuntária de vovô. Digo involuntária porque ele morreu bem antes de saber que a neta, nascida seis anos depois, iria se apoderar de seus livros. (Devo dizer que o café já virou refresco de tão frio, mas a torta ainda está ótima). A outra edição é mais moderna, comprei em 2001 e tem o bonitão Collin Firth na capa. É uma edição comemorativa da Penguin Books devido ao lançamento de uma séria do canal inglês BBC. Na série, Collin interpretava Mr. Darcy. Li as duas versões.
Admito que fui ver o filme com o livro praticamente decorado. Gostei do roteiro, apesar de ter mutilado algumas partes do livro. O filme de Joel Wright é perfeitamente fiel ao livro em seus primeiro 90 minutos. Depois, corta algumas partes para terminar de repente. Não chega a prejuicar o conjunto, mas... Mas meu problema é com a fotografia. Confesso que sou fã da fotografia do Laszlo Kovacs. Gosto de ver claramente todos os planos de um quadro e não sou grande apreciadora da mudança de foco entre dois cortes. Posso estar errada, talvez seja um sinal de genialidade focar e desfocar dentro de uma mesma cena. Não sei, não desmereç o trabalho de ninguém, apenas não gosto. E, principalmente, quando acontece toda hora.
Esquecendo a fotografia, as mutilações do roteiro e a supressão das frases iniciais do livro, que são excelentes, o elenco é ótimo. Adoro a família Sutherland (todos sabem da minha paixão por Kiefer e do meu respeito pelo meu meio sogro meio avô, Donald) e Donald está excelente como o senhor Bennett, pai das cinco meninas. (Meu Deus, há quanto tempo estou aqui? Vou perder a aula de Teoria da Percepção) O senhor Bingley, personagem adorável que se casa com Jane, é vivido por uma espécie de Elijah Wood mais alto, tipicamente britânico e ruivinho. Uma gracinha. Jane é uma adorável lourinha. E, Elizabeth, a heroína e segunda personagem que mais me agrada, é interpretada por Keira Knightley, uma mistura de Wynona Rider e Nathalie Portman. Darcy, o melhor personagem na minha opinião, é interpretado por umator britânico charmoso e com belos olhos azuis. (Ele é branco feito papel, tem cabelo escuro, olho claro e nariz comprido. Ahahahaah) Ele não é tão charmoso quanto Collin Firth, mas faz um ótimo trabalho. Bem, ano vou conseguir explicar a origem do título nesse post, pois preciso correr para Niterói e apresentar um trabalho sobre Em Busca da Terra do Nunca. Vou postar os dois textos juntos, poruqe faz mais sentido. Afinal, estou escrevendo em uma folha de fichário ordinária. Ou vocês pensaram que eu tinha um notebook para postar direto o que escrevo? Não, ainda não.

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