Tuesday, February 28, 2006

Os eslavos da minha vida


Aiaiaiaiai (suspiros suspiros e mais suspiros) Só no Rio de Janeiro que se pode conhecer o homem mais lindo do mundo no metrô, num domingo de carnaval. Está certo que, para mim, se o candidato tiver cabelo preto, pele branca feito papel, nariz bem europeu, falar enrolado e vier de longe já é o homem da minha vida. Mas se for eslavo (sérvio, russo e povos afins): nao tem história, é o homem perfeito!
Sou realmente apaixonada por eslavos. Para mim nao tem ingles, frances e nem brasileiro. Os mais bonitos sao realmente os russos e sérvios. E o rapazinho do mêtro é justamente sérvio. Lindo com um nome complicaaaaaado.
Enfim, é por isso que vale apena passar Carnaval no Rio. A cidade está cheia de turistas e se consegue conhecer cada figura...
Bem, vou ficando por aqui, mas já decidi onde vou passar minhas férias de julho. Só falta a grana, mas os sérvios que me aguardem em belgrado. ahahahahahah

Thursday, February 23, 2006

Forró

É impressionante, sempre que passo pela portaria do meu prédio na parte da tarde o porteiro está ouvindo forró. Sei lá deve ser uma rádio especializada em tocar versões "nordestinas" de clássicos da música americana. Praticamente tudo tem uma versão pé-de-serra.
Já cheguei a pensar que as gravadoras nos EUA só devem gravar músicas que possam, depois, serem transformadas em forró e difundidas nas rádios favoritas dos porteiros da zona norte. Cada dia ouço uma música diferente. Geralmente, sao temas internacionais de novela. O repertório é uma lista interminável. é só eu sair do elevador para descobrir o novo assassinato musical versão fórro pé-de-serra.

Wednesday, February 22, 2006

Tem sueco no CCBB

Lukas Moodysson é, sem dúvida, o melhor diretor de sua geração e amadureceu muito desde Amigas de colégio. Por isso, ainda não entendi A hole in my heart, mas não tenho muita vontade de ver esse filme. para ser sincera, se ele começar a fazer filmes medianos, prefiro lembrar da noite de julho de 2004, quando ele esteve no CCBB na pré-estréia carioca de Lilja. Ele estava acompanhado da família, tinha estado em Brasília e em algumas outras cidades. Conversou por uns quinze minutos com o público antes da exibição do filme. Não ficou mais por que um de seus três filhos (ou os três, não sei. A memória já está falhando, enfim...) tinha sido praticamente devorado por mosquitos e estava ardendo em febre.
Não nego que sou super fã do cara. Esperava para vê-lo desde que soube que estaria no Rio. Isso foi um mês antes, mais ou menos. A mini-coletiva antes do filme foi ótima. Ele estava até de bom humor (afinal, o cara é sueco) e a conversa fluiu bem. Não perdi a chance e fiz uma perguntinha sobre Amigas de colégio. Até ali, esse era meu filme favorito dele. Ainda adoro a história fofa do casal de lésbicas teen, mas Lilja é sem igual.
Mas atenção: recomendo, mas aviso que é baseado na hitória real de uma adolescente russa de 16 anos que chegou a Suécia para ser prostituta e se suicidou meses depois se jogando de uma ponte. O filme é fantástico, só não é para iniciantes.

Ele é o cara

Deve fazer uns cincos, seis anos que acompanho o trabalho de Lukas Moodysson. O único filme dele que não vi (e também não entendi) foi A hole in my heart. Já me disseram coisas terríveis sobre este filme, mas, sei não, na minha opinião, ele é O cara. É por isso que não entendo esse tal de A hole in my heart. Não acredito como alguém que fez Para sempre Lilja consegue fazer um filme tão bizarro. O único adjetivo que me lembro para definir isso é: triste.

Falando em Lilja-4-ever: esse filme é nota 9 na minha escala ou fantástico (ainda segundo o mesmo padrão de avaliação). O início já é perfeito: Mein Herz brennt (é Rammstein, mas eu respeito e até gosto dessa música) começa a tocar junto com as primeiras cartelas pretas dos créditos iniciais. Você está sentado no cinema, tudo escuro, esperando para ver o novo filme do diretor de Os Bem-vindos e Amigas de colégio e... E, de repente, entra aquela música pesada do Rammstein. Isso já deixa qualquer um tenso, mas esses são apenas os, sei lá, dez segundos. A primeira imagem é a chaminé de uma fábrica cuspindo fumaça negra, a legenda indica que estamos em Malmö, Suécia. A próxima cena é um travelling alucinado, o ponto de vista de uma pessoa correndo. Ouve-se a respiração ofegante, a música continua mais e mais forte. Mais tensão. Então, chega-se numa ponte. Somente ali é revelado a dona daquele ponte de vista. Uma adolescente loirinha agarrada à grade olha os carros lá em baixo. A cena seguinte leva o espectador para a Rússia, uns dois ou três meses antes da corrida pelas ruas de Malmö. Esse início é fantástico! Há melhores, é claro, mas considero primeiro minuto de Lija um dos três melhores da história do cinema. Mas isso não vem ao caso.

Monday, February 20, 2006

A caveira e a Baía

Um sábados desses, depois de mais um daqueles temporais, estava voltando para o Rio de barca quando vivi mais uma das minhas histórias absurdas. Tá, essa é mais uma daquelas que ninguém acredita. Aliás, até eu mesma desconfio de que isso nunca existiu. se eu bebesse, poderiam dizer que estava bêbada. deve ter sido sono mesmo.
Vamos à história: estava eu na varanda na barca (de novo??), voltando de Niterói para o Rio. Juro que vi uma caveira boiando na Baía de Guanabara. Ninguém acredita nessa história, mas ela bem que podia ter acontecido. Afinal, tem gente que jura já ter visto peixe na BG. Por que nao poderia ter uma caveira? Não costumavam jogar pessoas mortas por lá? Então! Absurdo dos absurdos isso nao ter me lembrado Hamlet e sua famosa caveira.
De fato, Hamlet nem me passou pela cabeça. Só fiz essa ligação agora, escrevendo esse texto. Mas eu juro que vi. Ah, qual o problema? É a Baía de Guanabara mesmo, deve ter de tudo por lá.
com essa história de caveira acabei nem falando do Para sempre Lilja. Era minha intençao, mas deixa pra próxima.

Friday, February 17, 2006

Temporal e barca

Sexta-feira, dia 10, estava voltando de Niterói quando desabou mais um daqueles temporais de fim de semana que já estão se tornando tradicionais. Como estava na barca Itapetininga (para mim, a melhor delas, porque tem varanda E lanchonete), pensei que seria uma lástima ver o Rio pelas janelinhas. Então, tentei ficar mais um tempo na varanda curtindo a brisa e o balanço do mar. Infelizmente, foi ficando impossível me esconder da chuva. Foi aí que tive uma revelação: o primeiro andar da barca, perto da janela, em dia de maré alta é o que há. Me lembrei muito de As Bciletas de Belleville.
Nessa animação belga de 2004, um ciclista narigudo francês (epa, isso é quase um pleonasmo) é seqüestrado durante a Tour de France. Os seqüestradores, mafiosos nanicos com seguranças em forma de armários, jogam o garoto em um navio e o levam para os EUA. Sua avó então tem a brilhante idéia de alugar um pedalinho na Riviera francesa por 20 minutos a 1 franco para cruzar o Atlântico atrás do neto. A cena do pedalinho indo ao sabor das ondas, ao som de música clássica, é realmente ótima. Foi justamente desta cena que me lembrei na sexta-feira passada quando o mar estava alto e a barca batia sem parar.
Recomendo o filme. É uma boa animação sem o estilo Disney da coisa. É certo que, no início, a caracterização dos personagens causa algum estranhamento. Explico: o diretor divide os personagens por países. Os franceses são sempre narigudos. Os americanos sempre gordos e estão sempre comendo hambúrguer e a portuguesa (sim, há uma portuguesa) é baixinha e gordinha.
Assisti esse filme no Estação Paço, no Paço Imperial. Ótimo cinema, pequeno, aconchegante. Acho que é um dos poucos cinemas que tem quadros nas paredes da sala de projeção. Tem dois, um de cada lado. Vale conferir também o bistrô do Paço, que é divino. Bem isso foi em julho de 2004 e essa data me lembra Lukas Moodysson no Brasil. Mas a história do cineasta sueco e de seus filhos picados por mosquitos em Pirinópolis fica pra semana que vem. Até lá!

Sobre o blog

Tinha prometido começar hoje a contar as minhas histórias, fazendo uma seleção entre as mais absurdas e as mais bizarras. Mas isso aqui não é uma democracia, é um BLOG. E é meu! Eu dou as ordens por aqui. Então, vamos primeiro explicar o motivo do blog.
Meus amigos sabem que tenho história até não poder mais, além de ter uma maneira muito peculiar de contá-las. Nunca têm início, meio e fim. Isso é besteira. Uma boa história precisa ter fatos, ações, mas não ordem cronológica. Isso não é uma linha do tempo para se marcar pontos e dizer: “então tal coisa aconteceu e fizemos isso. E depois aquilo. Em seguida, mais isso”. É por isso que 2001, uma odisséia no espaço é tão bom. Ele sai daquela cena dos macaquinhos (“macaquinhos”? pffff...) e, no próxim corte, já aparece aquela estação espacial ultra-hiper-mega-moderna. Os fatos não precisam ter seqüência, nem lógica, precisam ser bem contados. É diferente.
Me lembrei agora da Ana Zimbres, professora de literatura do 3º ano, que dizia: “A literatura precisa ter verossimilhança interna.” Concordo com isso e utilizo essa frase para defender que todas as histórias aqui apresentadas são reais, mesmo que absurdas. As pessoas precisam se lembrar, também, que todas as coincidências acontecem comigo. Além disso, um assunto sempre puxa outro. Então, não estranhem se 2001 me lembrar macacos, que me lembram o planeta dos macacos versão Tim Burton, que me lembra Noiva Cadáver, daí pulamos para Johnny Depp, dele para Em busca da Terra do Nunca (com seu estranhíssimo plano ponto de vista de uma pipa no céu). Esse filme pode me lembrar Kate Winslet, então mudo para Brilho Eterno de uma mente sem lembrança, cabelos coloridos com cores berrantes, Jim Carey em boa atuação, etc...
É mais ou menos por aí.

Thursday, February 16, 2006

Enfim, um blog
Há um tempo atrás, falar comigo, só pessoalmente. Me encontrar era uma verdadeira Missão: Impossível. Meu telefone mudava toda hora, não comunicava a ninguém e poucas pessoas sabiam o número certo. Além disso, sempre fui campeã em criar números de telefone bizarros, quando a pessoa insistia em perguntar. Ela queria anotar alguma coisa e não negaria isso, mas daí a ficar conversando no telefone já é outra história.
A situação já melhorou muito. Tenho 4 endereços de e-mail, o telefone de casa, o celular, estou no Orkut e agora tenho até um blog. Quero ver vocês terem coragem de me chamar de anti-social. Tudo bem que eu, na maioria da vezes, não leio os e-mails que me mandam (e quando leio, não respondo), não atendo o telefone de casa (só quando realmente quero falar com a pessoa. Tenho identificador de chamadas pra isso) e geralmente não respondo os scraps que me mandam pelo Orkut. O celular é um pouco diferente. É, realmente, a melhor maneira de me achar.
Os amigos mais antigos, como a Patrícia Zulli, sabem que essa é a minha fase mais social. Mas não ousem pedir exageros, como MSN. Isso já é popularizar demais.
Não faz muito tempo, prometi ao Danilo que ligaria para ele toda semana e que tentaria manter contato com outros amigos. Ficou só na promessa. Existem três pessoas com quem eu falo direto, não perco contato nunca. Uma é minha mãe. Acho que se eu fosse para Marte, mesmo assim, mamãe me encontraria por lá. Se fosse de dia, perguntaria se eu já almocei. À noite, perguntaria se já jantei e recomendaria dormir cedo para acordar bem cedo no dia seguinte. “é para o dia render melhor”, palavras dela. As outras duas pessoas não terão o nome citado aqui para não supervalorizar.
Prometo (e agora é sério) que a partir de amanhã começam as historinhas da minha vida. Até.